
Categoria: Artigos
Data: 01/06/2024
O DOMINGO NÃO É OPCIONAL!
Domingo é o dia em que o povo de Deus se reúne em assembleia religiosa para ouvir a Palavra de Deus e respondê-la com obediência — orando, cantando, servindo e contribuindo. Tem sido assim ao longo dos séculos, mas, muito recentemente, o ácido da secularização começou a corroer este aspecto da doutrina dos apóstolos.
Não tenho espaço para reconstruir a teologia bíblica do domingo nem a história deste Dogma. Entretanto, todas às vezes que me deparo com figuras na Internet prescindindo do domingo em nome de "reunir a igreja em qualquer outro dia" só consigo sentir o cheio de secularismo.
Se você não gosta da Breve História do Domingo, de Justo González, você facilmente poderia achar outros livros de padres católicos romanos, pastores luteranos, anglicanos, anglicanos, pentecostes defendendo o mesmo ponto: domingo é o dia da igreja reunir-se em culto.
Até mesmo bons historiadores protestantes não confessionais (um nome bonito para teólogos liberais) não conseguem ignorar a história dessa doutrina. Por isso que quando ouço relativizar o lugar do domingo na vida litúrgica da igreja só enxergo secularização.
As mesmas igrejas, movimentos e pastores preocupados em alcançar de novo o Ocidente secularizado parecem não perceber os seus insidioso movimentos de desconstruir algo central em prol daquilo que é mais característico de nossa cultura secular — minha agenda, meu descanso, meu trabalho no domingo ou minha preferência por outro dia na semana para culturar. O eu é o critério!
O domingo não é opcional nas páginas do Novo Testamento. A ressurreição se deu no primeiro dia da semana. Jesus aparece aos discípulos no domingo — e Tomé, que não estava presente, Jesus espera o outro domingo para se mostrar a ele! Tomé não tocou nas chagas de Cristo no culto de quarta feira!
Em Atos 20, Paulo e sua comitiva encontram com diversas pessoas, amigos, presbíteros, em diversos dias da semana ao longo de meses. Mas somente é mencionado um culto no primeiro dia da semana.
O que nos faz pensar que é uma opção prescindir do domingo? Que posso redesenhar as práticas da igreja pelos ritmos da cultura? Pura secularização inconsciente!